Sempre o mar que lhe traz
os peixes do banquete,
estende a rede sobre
os dias, a ver desta
viagem toda a
hora do marulho,
leve, solto, livre
o peixe que se dá
com o albatroz
sobre o sal,
eu, poeta, tenho da lírica
esta tensão do arco e da lira
a lembrar de Safo
e seu penhasco,
a fazer da balada a sátira,
e terminar como grande
estrofe em homenagem
de um Orfeu redivivo.
22/07/2020 Gustavo Bastos
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