Longe, lá para além de mim,
um sonho convalesce,
perto de mim,
o delírio enternece
de sonho a nua bruma.
Longe que vai de perto assim ...
como nos ares madeixas e risos,
como nos ares estrelas e vinhos.
Para além de mim, perto estou.
Para longe além, perto permaneço.
Como há vida folgazã
que vive de brio!
Como há vida atribulada
que queima o pavio!
Além de todos os mundos,
perto de todas as luas,
louco varrido
de meu quedar
ritmado
de fulgor,
eis que o néctar pousa pássaro,
flor flora afora,
como longo voo,
lá longe no sonho que se tem,
perto demais como o peito
que não vacila,
perto, tão perto,
longe da sombra.
04/07/2015 (Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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