Verte o fundo dossel a dor imorredoura,
no vento ao caudal do tempo, sorri.
Mestria no vinho do verso foge a estrela,
qual fuga estéril do fértil poema.
Nas águas ao teu sonho pueril,
faz da poetisa alma e sarça,
qual mel da boca exaurida,
mordendo a nuvem que some
nos segredos deste planeta.
Mistério da cor do holocausto,
morre o tempo na paz infausta!
Pelos dias que soam o grito de dor,
pelos vícios vertidos em rios azuis.
Doce o mar na virtude da liberdade,
prenhe a salgar toda a História.
Salta o verso qual ferrugem do crânio,
pensamento laborioso das catacumbas,
sorriso furioso dos astros sem fim.
A dor, peste da saudade,
pranteia seu ópio e seu limo,
na pedra o sabor do vazio,
no céu a glória do eterno.
05/06/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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