Pela clara ilusão que enerva a pena,
bate ao coração a mancha do poema.
De chofre aos gritos da desrazão,
fauno louco esparge seu sonho.
Chora a flor no mármore da escultura,
voz cálida da febre se embrenha na montanha.
As horas caladas caem da lua
com a sombra da praia enevoada,
qual silente vinho a flor fere o drama.
Vem o vento, cais da bruma,
soprar ao céu a veste da luta.
Com os ossos viciados da chuva
morre o poeta numa inundação,
chora a rosa com temor,
morre o frio na asa do calor.
Semente ao alvo frutifica o tronco,
da seiva bruta o leite do ventre,
da súcia e da bravata
a guerra fratricida.
Os versos saem aos montes
da nau enlouquecida,
como se vê no olho do riso
aos veraneios da ilusão.
05/06/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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