Ela tem aquele ar estático, puro enigma de uma flor, ele tem o ar concentrado e nervoso, os amigos correm pela noite, eu bebo um refrigerante na esquina onde toca rock e blues, não sei onde estou quando ouvia Jazz. Ela se entende em tudo e me entende como se fosse muito fácil. Trocávamos carícias no mar e ventos no fogo, soprou na rua dos lamentos o ourives e uma goiva para praticar astúcias na prata e no violão. Eu tinha medo de dizer onde tudo fica em tudo mais que se vai. Anotei o telefone, desci rumo ao trabalho, ventava horror na paz da cidade. Na época se bebia muito vinho e se falava eternas besteiras, depois eu sumi, fui passear, olhar as árvores, meditei e nada fui até este dia de novo dia, felicidade de um carro na hora exata de se perder. Escutava Hendrix com o carro parado em frente a casa dela, ela tinha um namorado, eu matei este namorado com faca e bomba. Matei depois todas as outras com quem não tive nada. Bebi cerveja e joguei xadrez pelo dia inteiro, lá pelas três da madrugada escrevi uns poemas num papel que depois amassei e joguei fora, um doido achou o poema no lixo e lá dor rimava com amor, mas era o calor que ficou nas entranhas de um sonho louco, passei com notas brilhantes no curso de filosofia, fumei maconha pra caralho, bebi pra porra, a boêmia era azul e era preta, luz de dia no trabalho, uma mágoa crescendo em reevolta, reeenascendooo o ooodooor, faz tempo que a ruína mesmerizou seu ataque, eu nasci de um fardo, o rock me levou no bar, joguei sinuca com ares cocaína e vinho e tudo no sangue como se não tivesse nada que ver com todas as coisas que eu via.
06/06/2013 Pequenos Trechos
(Gustavo Bastos)
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