Relógio, momento da precisão,
em seu tempo se molda o tempo,
decide o universo em sua mecânica,
não pausa ao tempo que lhe cai,
só para por falta de pilhas ou bateria,
no entanto, o tempo em si que lhe foge,
da sua súbita interrupção,
retoma o tempo indômito,
corrigido de seu sono,
mais uma vez com o ponteiro
em dia com todo o trabalho
matinal, vespertino e noturno.
Relógio que não dança,
relógio que derrota
a metafísica,
numa física do tempo urge.
Relógio da hora exata,
reto e lúcido,
retidão e lucidez
de um tempo que
se move
no enigma,
mas que em sua realidade clara
ao convencional se doma,
tempo indômito em si,
que, por trágico que seja,
se doma na aptidão correta
do relógio inventado.
25/03/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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