Até que chegue o campo risonho,
fiquemos no vão tristonho.
Até que tudo aconteça,
façamos versos que nos apeteça.
Longe, o mar e o vitral.
Perto, a noite mais o mal.
Até que a hora clara exploda
na nossa cara,
fiquemos com a desonra
do mais sujo drama.
Até que a pequenez morra,
façamos grandezas estupendas.
Mais sal que o mar liberto,
nos dá o frio do tempo.
Mais sabedoria que o sol exangue,
nos é dado o saber
a cada instante.
Até que eu navegue a xangrilá,
não nos zanguemos com estes
do mundo de cá.
24/03/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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