A litania que viva ora,
das calmas flamas
a nau vigora.
E o caos, este belo campo de nada,
da relva grita ao céu,
do fim serve ao sol,
da luta morre o farol.
Ao céu a dor profunda,
ao chão a vida imunda.
Ao céu o sonho exato,
ao chão o sofrimento vasto.
Das flores que contei
no campo verde,
tinha rosas e crisântemos,
begonias e lírios,
clarividente violeta
fincava a sua astúcia
como gerânio
extasiado.
Ao céu a flor eterna,
ao chão a palavra incerta.
Tua dor é o meu silêncio,
tua flor o meu delírio.
Tua dor é o meu vinho,
tua flor o meu destino.
24/03/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 3 semanas
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