Adorada, a musa sapiência.
Calmamente, ao sol teme o vento.
Diuturnamente, da lua
traz o rebento.
Fel mortiço da dor exaure,
doce mel das asas decola.
O retrato é fiel à marca,
a pele é o sinal do amor.
Lá do alto, anjo matinal
sorri sozinho,
cá embaixo o mar
braveja,
lá do alto não tem nuvem,
somente os deuses
na alcova,
cá embaixo a terra venta,
dores de sol e vento,
tambores ao relento,
via sacra e desalento,
cá embaixo as almas sofrem,
cá embaixo poucos veem,
tudo é névoa da visão,
na terra funda do drama,
no chão negro do desespero,
cá embaixo o socorro não vem,
lá do alto se vê tudo,
como eterno em si
que o universo refulge.
24/03/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 3 semanas
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