Perdi meu olho de tigre
numa noite chuvosa.
A pedra ônix sustentou
o dilema da poesia de vidro.
Procurei achar o espasmo
na cantata que registrou
o sentido dos dias.
Onde fui atrás do meu olho de tigre?
Dentes sadios, a vizinha atraente
me disse o amor
do sol na cor
do tempo.
Eu lutei no acidente com a lua,
pormenores da carne,
sáude do corpo,
voz firme do grito.
Olho de tigre,
o mistério da pedra precisa
como símbolo
da ferocidade
em cada rito
dos meus lemas,
sonho perdido como céu
na linhagem de meus antepassados
como sinais de minha pátria
esquecida que é sombra e luz
na paz do meu quarto.
07/09/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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