[soneto decassílabo sáfico]
A miserável dança foge linda
como no céu que ri do fim do tempo.
Eu sinto perto o fogo da cor vinda
no vinho lúgubre do frio relento.
A peste rima com vermelho clima,
de tanto fel em pranto tão violento,
que toda a vida corre sem ferida
no sol e no céu de cada livro ao vento.
Sofrida vida que não faz que eu sinta
o vil sabor do corpo tão sedento
das eras findas como a fé remida.
Bem vinda vida que virá de dentro,
para total prazer de luz vivida
e livre da morte do vil veneno.
08/09/2012 Sonetos da Eternidade
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 5 semanas
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