O mestre do absinto
tem a cura.
Jogos de relaxamentos
com álcool são dores
convertidas em paixões,
e das paixões vêm outras dores
desconhecidas,
o jovem as têm em demasia,
o ancião as olha já com
bastante filosofia.
Não vejo o sinal de alerta
pelo corpo e pelo vinho
de que Deus é feito.
Sinto sofrer no astrolábio
vincos de paixonite
desandada,
suspiros de donzelas
defloradas.
Tenho e sinto o absinto,
o abismo que sinto
ab-sinto sem me
machucar,
pois as feridas doem
e deixam cicatrizes
no corpo ébrio
que vive o instante
sem beber a taça
com que a morte
fita seus olhos.
26/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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