Vejo meu mal,
odor de carmim,
não sei ao certo
de mim,
o que é correto por vós
não me deu nada
de certo para mim.
Eu amo o incerto,
a incerteza é a alma
do poema,
o desejo é o senhor
de tudo que deu errado,
pois, por dar errado,
é muito visto
como o que ainda
não deu certo,
mas o incerto
é a única certeza
do mundo,
o mundo sem fundamento
e a crítica vazia
de que os poemas
riem na noite sem fim.
25/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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