Como um infante o poeta
declama vozes desconhecidas.
Como um infante compõe suas rimas
que brilham como diamante.
Das pestes inumeráveis ele sabe
de todas, enumera os infortúnios
como um grande sabedor
das coisas obscuras.
Devaneia o amor sem
nunca ter amado deveras.
Do elixir tem saudade,
dos miasmas colhe o pranto
que no seu peito ecoa.
Como um infante o poeta
domina a arte do verso,
e neste universo de
mágoas e alegrias,
se diverte nas noites
como um idólatra
de Baco.
25/10/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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