PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DO PERIGO DA POESIA

Amarga vinha, poetas
descansam no ópio
e na vinha se foi
o tempo recobrar
a lamúria.

Eis que o dia é a mancha
que nos invade os olhos,
mar impreciso das
almas dançantes,
eu olhava a vida
com olhos de furacão,
eu olhava o futuro
como uma antevisão.

O que seria de nós sem o perigo?
O que sobraria da vida
sem o risco de perder tudo?

Como se sabe, a hora dos defuntos
é o dia e a noite
na taverna,
bebemos licores
que renascem
nas águas do mar,
e o delírio nos possui
como uma arma fatal.

Os amantes de boêmia
bem o sabem, e nada
lhes é precioso.

25/10/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)






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