Amarga vinha, poetas
descansam no ópio
e na vinha se foi
o tempo recobrar
a lamúria.
Eis que o dia é a mancha
que nos invade os olhos,
mar impreciso das
almas dançantes,
eu olhava a vida
com olhos de furacão,
eu olhava o futuro
como uma antevisão.
O que seria de nós sem o perigo?
O que sobraria da vida
sem o risco de perder tudo?
Como se sabe, a hora dos defuntos
é o dia e a noite
na taverna,
bebemos licores
que renascem
nas águas do mar,
e o delírio nos possui
como uma arma fatal.
Os amantes de boêmia
bem o sabem, e nada
lhes é precioso.
25/10/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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