Em mim um sonho se avizinha,
E bate à porta.
Por lares em que tudo alinha,
Dou o meu verso agora.
É noite que vive lá fora!
Andei entre as gaivotas,
Que mexem meus livros usados,
E me dão às livres revoltas,
Serena luta de reinados.
É o vão da noite que assusta!
Toda fé e toda luta
Correm pelos vinhos,
Tudo gigante, em vasos e ninhos.
É a dor que cai onde fugimos,
Da dor que é dor sem céu,
Da dor que vem e que é sem véu,
Da negra noite que surgimos.
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