POEMA DA AREIA

 A viagem se tornou a paixão imortal,

que esta senda da poesia e vinho

se aquiete com a ideia solar,

depois de passar o delírio

do dilúvio.

Toca a trombeta, com os duros

golpes o peito fica forte,

na fúria do mar

estava a alma

do poeta, e que

o horizonte amplo

obedecia.

Joga todo este verdor,

e a carta carimbada,

de um postal de paisagem,

bem longe no tempo,

evocou este poema

de sul américa,

com os dons

tropicais

da carne.

Langue estava um idiota,

na derrota de aço

que este literato,

voz dos versos

escritos, retalhou

no meio da tarde,

com a febre d`areia

e o olho furioso,

flecha e dardo,

um canto surtado,

e que o cânon

bebeu na messe

e na sagração

das flores.

11/03/2024 Gustavo Bastos