Em certa manhã universal,
quando batiam os dobres
das badaladas d`aurora,
eu precisava dourar os mistérios
com a dose cavalar de ópio
sob as cobertas com o estro de febre
que delira num campo de mártires,
ou seja, em minha túnica azul cobalto,
indubitável, qual supremo sábio,
a elencar das flores botânicas
o canto de soror e seus vinhos
de fêmeas tatuadas,
qual licor que do ventre
à cabeça molha os endereços
perdidos de amores bêbados,
desta feita, no caminho dos ritos
e manjares, anuncia em seu
tabernáculo o vulto de propaganda
entre os intermezzos da paixão,
e rutila meu passarinho
na alvissareira montanha
entre as monções
do crepúsculo.
31/12/2019 Gustavo Bastos
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