A sintaxe que se abre é uma
bebida premium com o estalo
de cantorias brotadas de caos,
ali, na hora dos vigias,
um delírio leviano chamuscava
e o palavrório operístico
encantava os teatros
com suas madames atávicas,
o samba, de chofre,
prorrompia qual azáfama
alucinado com brio sincopado,
depois, já do sexo refeito,
o dândi semeava seus escritos
nos lagares dos langores
que a festa da morfina
lhe proporcionava,
ah, o silêncio dos soníferos
em baladas em que a penúria
caía no olvido das graças
infinitas da alucinação
e seus paraísos artificiais.
31/12/2019 Gustavo Bastos
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