No espelho da retina brilha
o remanso e a enseada,
sob uma astúcia de prata
o poeta e seu riso absoluto,
longe, ao canto da sétima badalada,
o albatroz mergulha,
o sequioso morre,
o feroz saqueia.
Perto, por detrás dos ardis,
os escroques sonham
e se espatifam
no chão,
ah, com este rosa na testa,
com estas flores brumosas
o campo é êxtase,
ah, que nem tudo
se perde em labirinto!
Registro a manhã com esta
manha de ladino no ósculo
das entranhas que flamejam,
brota entre os poros do girassol
o poema vestido de sol,
como um dia de aurora
prenhe de arrebol.
04/01/2020 Gustavo Bastos
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