A cidade abre as portas com
a fé dos poetas nas sombras
do acaso que furioso destino
tece entre os gritos,
ah, desde a fé mais pueril
ou aquela fé pétrea que
derruba arengas
como um trator
de linha reta,
a cidade tem ventríloquos
que se disfarçam em seus
teatrinhos de bonecos,
a cantar na chuva dos prantos
seus inferninhos alegrinhos,
a cidade tem desta astúcia
a fábula urbana qual gerânio,
e o passo largo das calçadas
entre os atropelados
das curvas absurdas,
a cidade faz de poema-piada,
a rir dos alcoólatras
e dar sopapos
em mendigos.
31/12/2019 Gustavo Bastos
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