O coração palpitava
com o estro medonho
das naus tontas de vício,
como teares fabulares o mito
vence as batalhas do mar,
um canto de sereia
abisma o sol e o sal,
festonado o vestuário das nereidas,
salpicando gotas de orvalho
as valkírias, sepultando os ermos
ascetas os fios de ariadne
no morto campo de caronte
e perséfone,
melismas na cantoria do fogo,
calipsos e circes
nas atrações do circo
oceânico das viagens
de ulisses
no campo mortal,
as naiades e as eumênides
lutavam nas flores
botânicas
de uma ofélia
suicidada
em pranto
de uma pintura
pré-rafaelita.
29/09/2017 Gustavo Bastos
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