Uma pele retorcia nos poros
os olhares de relance,
o respiro das águas turvas
molhava o tecido mais
manso que dormia.
O poema, qual leve pele em canção,
molhava-se nos versos
como um derramamento
em que o estro explodia
de paixão.
Nos poros e nas pupilas dilatadas,
o poeta acariciava os versos
como sublimes poeiras de estrelas,
como galáxias pretéritas
na visão do futuro,
eis que na anarquia da pele arrepiada
o poema se exaltava como um grande
rio nervoso com todas as nuances
de uma música que irrompia
em mar e vinho.
24/09/2017 Gustavo Bastos
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