Em breve me releio, vejo novas
pontas edulcoradas, caminhos
de navios rotos,
papéis queimados,
litros de cerveja.
Em pouco tempo delineio os contornos
de um que sonhava e outro
que era puro labor.
Leme em esguio serve à nave,
brota em fundos calcários
os risos de frascos mágicos,
os putos poetas
que bebem
licor.
Me releio neste verão torto,
e nunca mais me visto
de funcionário,
nunca mais jogo bilhar
nas lamúrias,
nunca mais aposto meu sangue,
e nem tenho pacto
com este diabo
que habitava
meu verso.
Ah, coisa boba,
este poeta-bomba!
20/06/2017 Gustavo Bastos
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