Ao abrigo dos que sentem frio,
o afago dos que sentem fome,
a fartura e o aninho
sopram os tempos ocos.
Lembre-se, cavaleiro,
destes tempos de glória,
uma moenda ruminava
seus touros selvagens.
Lembra-te, corsário,
daqueles ócios e épocas fúrias
que o vinho do inverno
quebrava no mar
e sorria,
lembra-te!
Ao abrigo dos frios famélicos,
dos sinos que são gritos,
dos ecos que são sons
do desespero,
lembra-te, fauno,
dos choques teatrais
depois de uma temporada
no farol,
ah, mas me dá um pouco de sol,
senhor dos ventos
que cultiva auroras.
30/06/2017 Gustavo Bastos
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