A textura eclode da epiderme,
sua tez serve ao mal corpo de poema,
e por sua composição, da cor mais brava,
seleciona o silêncio da forma.
A forma, conformada ao estro,
refulge na órbita que lhe dá a pena,
e numa nuvem por sobre o campo,
dá à estrela sua urdidura.
Por entre o rocio e o fastio,
elenco de verso supõe-se vivo,
e com ébrio calor de ultramar,
confecciona o firme canto.
Tal é o campo que tem o retirante,
poeta das duras ligas,
no universo composto de frio,
e a voz que rasga o ar rente.
Dos ópios que o poeta conhece,
a forma que não se acaba
lhe é predileta,
e corpo de arma se tece.
Conhecer-se, por detrás de todas as formas,
faz-se em susto e luta corporal,
por estro que é um poeta,
e a flor em sua testa.
14/10/2016 Gustavo Bastos
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