Entre o movimento e as cores,
fustiga a sensação de fome,
à dor mais sustenta que decai,
e o vento afirma a densidade.
Por ar contrito, com elã de tudo,
a corromper a chuva e o claustro.
Verte, com delícia de frio,
a cor preta de um pouco calor,
e o branco ao gelo de poema,
tal a fibra e a indolência
do clima,
és flora das cantigas de ninar,
morfema que urge em messe,
e o palco que vive na cena em flor.
Entre o instante e as cores,
semeia a sensação de sede,
o prazer mais exalta que levanta,
e o mar corrobora a espuma.
Por dia de exéquias, com afã de nada,
a subverter o sol e o vício.
Venta, como em toda febre,
e a vida, escondida da dor,
navega em plano alto de astro,
por estar em tudo que a toca.
14/10/2016 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
Há 2 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário