Certa hora eu aprendi
a registrar
toda a estultícia,
fiz uma lista escalar
de classificações idiotas,
medi o meu cérebro
e os dos outros
com um grande cabedal
lógico e em forma de tratado,
de cada idiotia mais
eu elencava uma nova moral,
os poetas, eventualmente,
ficavam no topo da escala
dos cretinos mais infantes,
e o poema, como máquina contábil,
era o reflexo mais fiel
de que a classe dos poetas
sempre esteve repleta
de futuros idiotas
cheios daquela empáfia
das auras explodidas
de seus ideais sem teto,
de suas ideologias tortas
de absinto,
de seus saltos espetaculares
sobre o monte de estrume,
qual acróbatas
classificados nesta minha lista
de idiotas.
10/04/2015 Ácido
(Gustavo Bastos)
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