Se diz do canto polido:
a face é de pedra.
O riso infante, demorado
em astúcia, pelo penedo
aponta o dedo.
Canto talhado, breve balido.
A faca é dentro de mim
o coração em corte,
combalido.
Se diz da polidez ao encantamento
do mundo, das ruas ...
um sempre labor infinito,
condizente ao suor sofrido,
animal laborans,
serviçal doído.
O choro na máquina
é este ser autômato
dos dentes da engrenagem:
sustento do pão de cada dia.
E a cada dia mais doído o riso,
e do pranto o choro polido,
da pedra talhada madeira,
sulcos na pele envelhecida,
do trabalho poético, esquecido.
09/04/2015 Ácido
(Gustavo Bastos)
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