Me diga a quantas anda a aposta do bilhar,
remonte a chuva lá fora sob o canto esguio,
da fonte retraída desminta o algoz,
sua febre poeta calcula a desritmia.
Frio de poema retinta noite ao estelar holocausto,
morte do universo nas mãos frias do poeta,
qual abismo ao pomar das alfaces e tomates,
um vinhateiro bêbado palrador de esquisitices.
Me diga o fundo da bruma nas minhas "ais" dores,
quantos dias são necessários para recapitular
todos os outros dias vividos,
e como a flora matinal verdeia de roxo
o pantanal, e a flor dá fruto
como um limpo campo invernal.
Sois assim, vós outros dos ignaros emblemas,
de mim ao peito fundo e oco,
restou a pólvora sobre o mar morto.
04/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
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