Procuro as formas encantadas,
o que o plenilúnio falseou
de rumo ao luar da catarse,
o que, de modo vil,
o arquétipo de um crânio vermelho
como lava gritou de seu magma
a estupefata flor.
As formas aviltadas do comando perdido,
luzes semi-mortas das montanhas
e o sal fulgura sob elmos e dízimos,
a ária frondosa invade o átrio,
socorram-me as sereias de vento e mar!
Procuro as lendas sem destino,
o livro estrelado de fúria e paixão,
quando o amor náutico
serpenteia rima de féretro
com o coração lutando defronte
ao riso de poema na nave fendida.
Procuro o rito fundador
de meus olhares dispersos
em deserto de dor
quando a meia-noite
borra de tinta acrílica
meus sentidos embriagados.
03/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
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