Sirvo ao tempo ao breu e ao silêncio.
Estante arrumada de desenhos,
outra época dos enamorados,
planta da derme arrepiada,
as flores são como antanho,
nada consta aos nenúfares
sobre o lago espaçado
que a nuvem pousa
e recita o carvalho
quando a noite cai
nas benditas ondas
do pomar que,
no alvo exato,
desaparece
com a neblina
do frio
que gela
o olho opaco
sem vidência
ou certezas
de inferno,
o que molha na chuva
é o que fica
nos ombros
do atlas
ao ver os pés
do arquipélago
longe do litoral.
04/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há um mês
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