Condensando o sofisma, parte de um todo frio,
cai a falácia, o silogismo escanseia o frio.
Sócrates, o filósofo, perturba o tecido
dos deuses, seus juízes do Areópago
perdem o feitio, seus jovens corrompidos,
a flâmula retida no peito dos adoradores,
quem dirá à Astarote, à Moloque,
seus devaneios?
Perde-se em Platão o tino heracliteano,
sete sábios e a manta pitagórica
revida em metempsicose
suas litanias,
mesmerizo Tales, refulge Anaximandro,
e de teologia às referidas encíclicas,
um século de sangue sob o index,
o riso de Aristóteles
em mãos árabes,
nada ao albor de Meca,
Avicena e Averróis,
fada judia, Maimônides,
eu e meu gládio,
seguro o pranto da filosofia
e grito por Homero,
o cego Tirésias
de poeta e de homem-lenda.
03/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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