Plano bem estruturado:
uma mão escreve,
outra acaricia.
Uma boca bebe e a outra beija,
dois sóis como na moldura,
abre-se o oceano, gelo e terror.
Eram como nas figuras de antanho,
vários orbes na funda dor do espaço,
o dorso do Homem,
sofrimento do tempo,
de ser tempo e morte
ao aguardo do eterno,
de ser ente ao limite
de seu grito,
de ser o nada
à espera do total.
O plano vingou e secou:
uma mão se imortaliza
como obra escrita,
e a carícia ferve
em forma de poema.
É o vulgo dia ao nada,
com a esperança repleta,
com o albor da plenitude,
como na alvorada.
02/06/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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