Me encanta todo temor
que o mar instiga,
outros olhos caem vinhos.
Certo, o comando passa de mão em mão,
talvez a voz do veludo
seja a falta,
e o ouvido do estribilho
o verso pacato.
Eis a memória,
corta o antes e o depois,
neste lembro de agora ex nunc.
Ou:
poema espaço esparso
corroeu a tampa do lixo
como os varões no cio
Este poema-clavícula,
verso-mandíbula,
este passado roto e chato,
e a febre, dona do mundo,
expulsando a secreção
dos castelos de bruma,
refinando o estro
com penumbra e sol esquálido.
14/04/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há um mês
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