Meu dia finda na queda do fim,
enfim sem rumo,
poeta carmesim.
E o rito, canal de rios, áureo delta,
veste reta em onda,
reta em corte,
forte de norte.
Finda, a alma suicida,
finda, o ser eterno.
Se eu tenho meu fim no meu nada?
Não sei, ao nada eu creio ao além,
e de futuro glorioso,
ao corpo ressurrecto,
não morro de flechada,
não morro de salto,
não morro de fuga.
Se sou poeta, escravo do crepúsculo,
as estrelas vêm,
e se tudo finca como finda,
perco essências nulas
em existência prenhe
de todas as misérias,
perco o fundo escondido,
pois do mistério,
quando eu souber,
já estarei findo.
16/04/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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