Belo o tempo na antevisão
da catástrofe,
tumulto estético
de estertor,
vulcão inóspito
de amor.
Faz o temporal aos olhos lacrimais,
o poema fenece nas mãos úmidas do caos.
Faz-se de jogral, o poeta e seu mistério.
Faz-se de anjo, o profeta no fim d`alma.
Belo o fim das ruas embaladas de álcool,
dentre os corpos, o desespero,
dentre os sonhos, o rio seco.
Antevisão é a câmara do delírio
em máquina de tempo escasso,
rota arma dos assassinos,
têmpora tonitruante
dos desejos.
16/04/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há um mês
Nenhum comentário:
Postar um comentário