Agonia sempiterna na asa que volteia,
sua branca nuvem névoa fulgura.
O limo da pedra penteia a paisagem
com as luzes da retina, morde o sopro
com o véu negro da noite beligerante.
As armas sonham mortes aniquiladas,
os poetas sonham armas aniquiladas.
Pelo vício das horas incertas,
cai o cadáver na ronda dos desatinos.
Freme o tempo vil do covil da bruma.
Decai o anjo frio da luz possuída.
Agonia burlesca em Sodoma,
reta curva do verso,
corpo e nódoa no vinho.
As quiromancias exultam
na arte do poema
em fundo sulcado,
o verso é sulcado
na carne da goiva,
em seu ritmo
reina o denodo.
05/07/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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