Geme a flor porvindoura do holocausto,
freme o dia na onda matutina da semente.
Ópio convulsionado da pena,
cai límpido nas asas da urdidura.
Sem tempo ao caos das lembranças,
o vento castiga a nuvem
e o sol irrompe com seu soco.
Venta em todas as sebes mordidas.
A fé é pura no cais das labaredas.
Donde o rio corre manso,
o monge se destina ao espanto,
e a flor atávica sorri em êxtase.
Note-se a turba desvairada,
sem saber onde dar
e do quê se espantar.
Leva o corpo a febre do horizonte,
queima a vista na paz da paisagem,
e o céu imita a terra
no vento suicida
dos mistérios.
05/07/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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