Quem de nós degustará os sonhos do paraíso?
Da árvore do conhecimento do bem e do mal
comemos, Eva era Prometeu acorrentado
que nos deu o fogo e com ele nos queimamos.
Voragem das estâncias em nua lua,
corta o verso e o drama no espanto do rouxinol,
asas abertas derretidas de Ícaro!
Voa ao paraíso, sonhado Éden!
Que de tuas veredas extasiadas
vigorem todas as paixões,
ó súbito Éden!
Ó paz extática de Xangrilá!
Canção adormecida no pasto e no campo,
descem os bois às águas do rio argênteo,
flana o jovem poeta na noite ébria!
Qual a dor que não se cansa de chorar?
Tens adiante a árvore da vida,
veredas dos mares e dos desertos,
prazeres do feitiço da bruma do Éden!
Em que nuvem o poeta levita?
Em qual sonho o anjo despertou?
Faz de tudo pecado
o silêncio da maçã,
pecado do fogo roubado
de uma febre malsã.
11/06/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há uma semana
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