O que o bardo explora quando dorme
é um sonho intenso de fogueira e torpor
cais onde desce o paraíso em possuído horror
na dama que desfalece em seus braços de cobre
O que a vida cintila na visão da moldura
é a sinalização para um corpo refulgente
em que a cidade de seu sonho fortemente
se refugia no mosteiro da clausura
O bardo então acorda com o som dos pássaros
passando a vida em tom de melodia maviosa
em que a dor e a alegria são o branco da rosa
rosa branca em tudo altiva para os nossos lábaros
Não teme a chama indômita do verão astuto
nas oliveiras e gramíneas verdejantes
e tem a vida nos seus vitrais pulsantes
tanto quanto antes tem o vinho em seu leito puro
O bardo já está posto defronte ao temor
e tudo que ele abarca é de sonho enorme
sonho tão livre que nos leva ao rio forte
onde as almas são leves e não temem a flor
06 de janeiro de 2009
Gustavo Bastos
Nenhum comentário:
Postar um comentário