A promessa vã é feito eldorado imaginário
onde a rosa delira na campina
e os livros se destróem num vão itinerário
pelo que sei certo no porvir da lamparina
Selva é o meu encontro de fadas e gnomos
parte de mim está no meu prazer
outra parte é recônditos de salmos e estrondos
na vaga sentimental do odor e do lazer
A promessa vã da andorinha e do pardal
é a triste pena de servir ao léu
numa borrasca infinita diluviana e astral
em busca do altar dos sacrifícios e do bordel
Respiro ardor e fervor na fé santa
quente moldura de um santo pagão
na envolvente nuvem mitológica da guirlanda
enquanto anjos tocam seus alaúdes em oração
Eis que o dia acalma em toda plenitude
de ser belo e forte como a fortaleza inquebrantável
onde ninguém se arvora a ser infinitude
mas que humildes se prostam no chão imutável
Lancei o funeral neste palácio diamantado
onde o rei é degolado pelas feras
e o escravo é alforriado
numa libertação de mazelas
09/01/2009 Gustavo Bastos
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