Estou no costume de entender o florilégio
das noites fabris em meu doce mel
dizer sobre o assombro da máquina do mistério
eternal como o fogo e a vida de fel
Nas cascatas em que habita o indizível
vou à maior chama me tomar de indolência
e me sentir liberto e pleno do leme sensível
ao toque da cítara e do címbalo em plena consciência
Harmos do meu fatal leque de visões
ataques prontos da música no som da bateria
são os haustos exauridos das monções
em que serei o feto original da ambrosia
O toque é forte e serpenteia no peito varonil
de que as aves são as bênçãos e o voo a leveza
e a leveza o céu íntimo da ideia no fio
alma pronta e fustigada pela alta defesa
Não sei decifrar a musa do mistério
se é este o mistério profundo
o meu gládio e magistério
Aprendo na forca a sobreviver do furibundo
sobrevida de poeta e seu monastério
mistério meditabundo do imenso mundo
09/01/2009 Gustavo Bastos
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