Quem vem na noite funda
entrar com as uvas do vinho
e da pátria?
Quem era o meu sangue no sonho vário?
Quem foi que pôs em meu sudário
o vil semeador das fugas?
Eu durmo encastelado no ardor da noite,
em meu solo rachado e em meu céu estrelado.
Sou a coisa primeira de minha filosofia e essência.
Sou a lógica dos sonhos corridos
em uma pira com fogo de vida
e desejos de morte.
Quem vem? Quem será que vem?
Aplaudi a nova margem das amizades eternas
e do som tétrico do arrependimento.
Não sou demônio ou Deus,
não venho dizer que sou astro nas nuvens,
nem quero morrer sem levar comigo
o dia em que fui sobrevida e exército.
Quem vem dourar o meu campo vasto?
Quem um dia virá me levar aos florilégios?
Eu acordo agora com o sentido da vida,
que é um amor frutífero
na onda do tempo,
tempo que é a minha essência
e o meu norte desafogado.
13/02/2009 Gustavo Bastos
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
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