Eu conheci o dia da virada,
depois de lustrar os poemas,
dançar com os delírios,
fazer de conta diante
dos mistérios.
Acho que me encontrei
ainda péssimo, ainda velho,
e depois bebi da fonte,
fiquei com o brilho do sol,
e aprendi os talentos do mar.
Nada mais me ficou estranho,
se não mesmo apenas o espanto
aqui, em face do verso,
misturou-se ao encanto.
Não previ a queda
aberta do tempo,
em sua face espantosa.
Me detive no
desafio febril
da obra,
com todo
o embate
e a visão
do quilate.
Penso que tenho tudo,
desde o lagar, na vindima
bem sonhada, como esta
epítome da verve,
em que a dicção
se firma em canto
e devaneio.
Pois sei, na mais
profunda meditação,
que do pulso brota
a força, a determinação,
e a vida vitoriosa.
14/12/2023 Gustavo Bastos
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