Com as chaves do coração, nos desvãos da alma,
em toda a lufada de socorro na pista da noite,
escrevo aos poetas que morreram de overdose
e caíram nos sussurros da madrugada.
Aqui estou, aqui vou, me voltando
ao sol mais delirante da verdade,
nos olhos do mar e de sua ferocidade
anárquica, na sua revolução de sal,
com o meu mergulho no infinito.
Infindas eras, novos vinhos,
nova vida, uma plêiade
brilhante que vive o estro.
Toda a saga báquica,
destes livros primaveris,
aos delírios das guirlandas,
e o plenilúnio das vestais.
Como rouxinol a poesia
tem lira, de vulto escarlate
e negro, e a luminosidade
espiritual que se decompõe
no prisma em um espectro
dos grandes sonhos
da palavra.
14/12/2023 Gustavo Bastos
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