Este exercício fatídico
de fazer verso me impressiona,
eu estalei a minha carne
o abri os meus poros
infinitas vezes,
o mágico passa e tira um coelho,
seu lenço se estica e o seu
número é ágil, tudo
muito rápido, voilá,
aparece a margarida.
Este verso tem nome,
e vivifica toda uma história,
todo um dom vertido
e trabalhado,
lá longe, na rua deserta,
na noite acelerada
de minhas estrelas,
a penumbra desaparece
e se faz toda a luz,
uma festa colorida
do sonho aberto
de um poema erguido,
este é o castelo
e o reino, todo um
sangue e fardo
e felicidade derramados
neste soco do coração.
09/10/2021 Gustavo Bastos
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