Mambembe, o canto xucro
do bufo e o pasmado
esgar de um pantaleão,
reza braba depois
da feira, e uma sopa
fria para o mendigo
que se faz de pândego,
o ébrio passa ao largo
de uma peça montada
no raio do sol
de um outono rubro,
o poeta faz da musa
um caminho para
o seu vinho,
ele vê a comédia bufa
em volta, e toda
a trupe patética
que cai no abismo.
09/10/2021 Gustavo Bastos
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