Na língua da vala que se abre,
o verme cresce em seu anelado
que vomita o corrupto lasso
que governa a noite pútrida,
verde o musgo que escorre
na boca da morte virulenta,
e o certo poeta que ergue
a ponte que desaba
e faz um estrondo,
no lagar ainda se canta
a Baco uma modinha suja,
os humilhados em seus bolsos
não têm nada além de lamento,
nas espadas e facas seminais
o peito estoura seu grito,
um corte profundo na carne,
com a linha precisa
de um desespero oco.
09/10/2021 Gustavo Bastos
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