A praia me detém
com uma gaivota
ou um albatroz
no arrebol,
o poema nomeia a falange solar
que inunda a tela dos pintores,
caiam todas as máscaras,
ceifem os atores canastrões,
suicidem os poetaços,
morram os filosofastros,
eis que tenho uma boa nova :
os novos poemas
são imprevistos,
são bons,
são vitoriosos,
o tempo dos poetas tristes passou,
o tempo dos poetas suicidas
saiu de moda,
hoje o mundo oprime tanto,
que nem de morte e tristeza
vive mais o coração do poeta,
mas da ácida ironia
que transforma dor
em poesia.
14/04/2018 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
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